domingo, 27 de maio de 2007

CORÉIA E CHINA

Situado no leste da Ásia, o país tem relevo montanhoso e é uma das nações asiáticas mais ricas em recursos minerais: possui cerca de 50% da reserva mundial de magnésio e grandes depósitos de carvão, ferro, tungstênio e grafite.
üAo longo dos anos, o governo priorizou o desenvolvimento da indústria pesada e a mecanização da agricultura.
Sem a ajuda da ex-URSS desde 1991, a economia norte-coreana está estagnada e a população enfrenta racionamento de comida.
A ameaça de um confronto com a Coréia do Sul alimenta um dispendioso programa nuclear.

Em 1910, o Japão anexa o país, após uma guerra prolongada em que derrota chineses e russos.
A dominação japonesa é marcada pela brutalidade, com esforços para suprimir a língua e a cultura coreanas.
Durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), dezenas de milhares de coreanos são levados para trabalhos forçados no Japão e em países sob ocupação japonesa.
Com a rendição do Japão, em 1945, a Coréia é dividida em duas zonas de ocupação – uma norte-americana, ao sul, e outra soviética, ao norte –, refletindo a Guerra Fria.
Dirigentes do PCC, até então exilados na URSS, assumem posições de comando na zona soviética. As negociações para a unificação das Coréias fracassam e, em 1948, são criados dois Estados distintos: a Coréia do Norte e a Coréia do Sul.
É oficializado o regime comunista na Coréia do Norte, sob a liderança de Kim II-Sung, que governa o país com mão de ferro até sua morte, em 1994.

Em 25 de junho de 1950, tropas da Coréia do Norte invadem o sul, numa tentativa de unificar o país sob o regime comunista.
O Conselho de Segurança da ONU decide enviar tropas à Coréia. Integradas majoritariamente por soldados dos EUA, elas lançam um contra-ataque em setembro de 1950 e ocupam rapidamente a Coréia do Norte, atingindo a fronteira com a China em novembro.
A entrada dos chineses, em socorro aos norte-coreanos, altera a situação e os norte-americanos recuam. Em 4 de janeiro de 1951, os chineses conquistam Seul, capital da Coréia do Sul.
Uma nova ofensiva norte-americana, entre fevereiro e março, empurra as tropas chinesas e norte-coreanas de volta ao Paralelo 38 – a linha imaginária que separa as duas Coréias.
Uma trégua, assinada em julho de 1953, estabelece uma zona desmilitarizada entre as duas Coréias.

A Coréia do Norte reconstrói-se com a ajuda da URSS e da China, mas sua economia entra em estagnação a partir da década de 70.
No plano político, o regime caracteriza-se pela intolerância a qualquer tipo de oposição e pelo culto a Kim II-Sung, idolatrado pela propaganda do governo.
Kim II-Sung opõe-se à política de abertura implementada pelo presidente soviético Mikhail Gorbatchov no final da década de 80 e a diminuição da ajuda econômica da URSS obriga a Coréia do Norte a romper seu isolamento, iniciando o comércio com Formosa (Taiwan) e com o Japão em 1991.

Em julho de 1994, morre Kim II-Sung, aos 82 anos. Seu filho e sucessor, Kim Jong-II, assina em outubro um acordo com os EUA para a desnuclearização da Coréia do Norte.
O pacto prevê que ela interrompa a construção de dois reatores nucleares e os substitua por reatores fabricados na Coréia do Sul.
Os EUA comprometem-se a prestar assistência tecnológica para suprir eventuais faltas de energia.
O pacto promove uma tímida distensão entre as duas Coréias e, em novembro, a Coréia do Sul anuncia o fim do embargo comercial à Coréia do Norte.
No início de julho de 2006, o ditador norte-coreano Kim Jong Il realizou testes com mísseis, apesar das advertências internacionais, fazendo com que o Conselho de Segurança da ONU impusesse sanções sobre aquele regime.

A Coréia do Norte é dos Estados mais fechados e autoritários do mundo.
Seu governante, Kim Jong-il, está à frente de um dos regimes mais repressores do mundo, que é acusado, regularmente, de gritantes violações dos direitos humanos.
A vida é difícil no país, que tem 23 milhões de habitantes, com uma grande proporção ainda vivendo na zona rural - onde a população ainda tenta se recuperar da escassez de alimentos que gerou crises ao longo da década de 90.
O país é profundamente isolado do exterior, tanto do ponto de vista econômico como cultural.
O povo norte-coreano tem pouco contato com o mundo exterior: eles não têm acesso à televisão, ao rádio ou a jornais internacionais". Eles têm imprensa estatal doméstica, mas nada muito controvertido é noticiado.
CHINA

Área: 9.536.499 km². Hora local: +11h.
Cidades: Xangai (aglomerado: 13.659.000 em 1996; Pequim (Beijing) (aglomerado: 11.414.000 em 1996;
POPULAÇÃO – 1,285 bilhão (2001);
Densidade: 134,75 hab./km² (2001). Pop. urb.: 32% (2000).
Cresc. dem.: 0,71% ao ano; fecundidade: 1,8 filho por mulher;
Expectativa de vida M/F: 69,1/73,5 anos; mort. infantil: 36,5‰ (2000-2005).
Analfabetismo: 15% (2000).
ECONOMIA – Moeda: iuan; cotação para US$ 1: 8,27 (jul./2001). PIB: US$ 989,5 bilhões;
Renda per capita: US$ 780 (1999). Força de trabalho: 751 milhões (1999).

A China tem aproximadamente 9.572.900 km2 de área e é o terceiro maior país do mundo.
Em muitos aspectos, o desenvolvimento do país foi determinado pela sua geografia.
A China tem desertos, montanhas e bacias hidrográficas férteis, assim como possui alguns dos pontos mais altos e mais baixos da Terra.
A maior parte dos recentes avanços econômicos ocorreram nas províncias da costa leste do país, enquanto muitas áreas rurais do interior ainda vivem na pobreza.


Com 1,3 bilhão de habitantes, a China possui 20% da população mundial. Mas regras rígidas e mudanças no estilo de vida têm feito a taxa de crescimento populacional cair.
A maioria dos casais das grandes cidades está sujeita à conhecida "política do filho único". Na zona rural, as famílias podem ter uma segunda criança se a mais velha for uma menina.
A China também está vivendo uma enorme corrente migratória interna, de pessoas que deixam o interior rumo às cidades da costa leste.
Em 1950, a população urbana representava menos de 13% do total. Agora, está em 40%, e deve chegar a 60% em 2030.

Os chineses han representam até 92% da população da China, que também abriga outros 55 grupos étnicos.
Essas minorias em geral vivem nas áreas de fronteira.
O governo chinês enfrenta dois conflitos separatistas no oeste do país, com os tibetanos e os uighur.
Além disso, uma onda de violência na província de Henan, em 2004, criou temores de que as relações entre os grupos minoritários e a maioria han se deteriorem.

O crescimento econômico rápido e desordenado tem provocado sérias desigualdades sociais agravando as disparidades regionais.
Em 1997, a China começou um dos maiores processos de privatizações de suas 300 mil estatais (JIANG ZEMIN).
Província de GUANDONG vem apresentando notável crescimento industrial devido aos investimento feitos por empresas de Hong Kong e Taiwan;
Criação da bolsa de valores de Pequim e Xangai, a ampliação da produção de bens de consumo, a entrada de capital estrangeiro e outras medidas econômicas.
Uma das principais mudanças no setor agrícola é o estímulo à formação das COMUNAS POPULARES que apresenta uma administração integrada ao Estado.

Desde que o regime comunista decidiu abrir a China para investimentos estrangeiros, em 1978, o país se tornou uma das economias que mais cresce no mundo, além de estar entre as dez maiores.
Mas com as taxas de crescimento em cerca de 9%, alguns analistas alertam para um superaquecimento e para o fato de que o resto do mundo pode sofrer o impacto de possível recessão no país.
Nos últimos anos, a China também se tornou um gigante do comércio, conquistando o quinto lugar em exportações.
O crescimento econômico, no entanto, trouxe ao país problemas sociais e na área de meio ambiente.

A China afirma que o número de pessoas pobres na zona rural caiu de 85 milhões, em 1990, para 29 milhões.
Apesar disso, a maneira como o país calcula a pobreza é polêmica, e o Banco Mundial diz que esse número é muito maior.
O país está assistindo ao surgimento de uma nova classe de despossuídos – os pobres das grandes cidades. Isso se deve às demissões em massa nas estatais e à migração interna.
A nova economia também levou ao aumento da desigualdade de riquezas.

O crescimento econômico da China – e o aumento da demanda por energia – gerou um forte impacto no meio ambiente. Um relatório do Banco Mundial, de 1998, mostrou que 16 das 20 cidades mais poluídas do mundo ficam na China, que também é culpada por parte da poluição atmosférica no Japão e nas Coréias.
A China é o segundo maior emissor de gás carbônico (CO2) do planeta e, como é considerada uma nação em desenvolvimento, ainda não tem que respeitar as exigências de redução.
A água também é outro motivo de preocupação no país. Os rios do norte estão secando, uma situação atribuída ao uso abusivo de suas águas e à profusão de represas. Por outro lado, a urbanização é tida como culpada pelas recentes enchentes que assolam o país.

A sociedade chinesa tem passado por profundas transformações nos últimos anos. Cada vez mais pessoas estão se mudando para os centros urbanos, deixando para trás seus costumes e seu estilo de vida.
Em muitas cidades, arranha-céus dominam a paisagem e marcas ocidentais conhecidas povoam shopping centers recém-inaugurados.
A venda de celulares e computadores disparou, e estima-se que a China tenha 90 milhões de pessoas conectadas à internet – quatro vezes mais que em 2000.
Mas a modernização da China também torna visível um país cheio de contrastes, com milhões de pessoas à margem da prosperidade.


Há 18 anos, a Praça da Paz Celestial, no centro de Pequim, serviu como cenário de grandes manifestações pró-democracia que culmiram com uma forte repressão e a morte de centenas de pessoas.
Os protestos não tinham precedentes na China.
Eles começaram em 15 de abril de 1989 quando o líder reformista Hu Yaobang morreu repentinamente de um ataque do coração em Pequim.
A sua morte comoveu os chineses, que ocuparam as ruas de todo o país para protestar contra a corrupção dentro do Partido Comunista chinês e atacar os conservadores.
Apesar de o governo chinês negar até hoje a existência do massacre, as mortes e as imagens dos tanques nas ruas ainda são lembradas em todo o mundo.



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